domingo, maio 28, 2006

Notas do SBSR Act 1, Dia 2

Foi a melhor noite do ano. Não foi pelo calor que apanhei ao longo do caminho entre Pernelhas e o recinto do SBSR’06, mas sim pelos espectáculos presenciados no 2º dia do Act 1.

Apesar de chegar já com os Alice In Chains a dar os primeiros acordos em território nacional e de ter perdido a performance dos Primitive Reason, tive a oportunidade de ver os concertos, para além da restante actuação dos A.I.C., dos Deftones e dos Tool.

Mal entrei no recinto dirigi-me à primeira barraca que vi para “mamar” a primeira “jóla” da noite e só depois fui para o meio da multidão apreciar os sons de Alice In Chains que terminaram com uma faixa a dizer “Alice In Chains: Born Again”.

Seguiram-se depois os Deftones liderados por Chino Moreno que meteram todos a “moshar” inclusivamente eu que estava lá no meio para tentar tirar umas fotos e um vídeo, mas com tanto empurrão foi difícil fazê-lo, até que desisti. Consegui filmar a música “Change In The House Of Flies” e a primeira parte da “7 Words”, mas depois já estava à rasca do braço de estar esticado com a máquina a filmar que decidi contribuir os empurrões e os “moshes” que apanhei ao longo do concerto na segunda parte da “7 Words”.

Final de Deftones, fui comprar 1 bifana e mais umas “jólas” e fui jantar para a zona das “mesas e cadeiras” ao início de Placebo (foi a banda que menos expectativa me criou) até ao final. Deu ainda tempo para ir à barraca da Antena 3 ver quem lá estava. Deu para reconhecer o António Freitas e o guitarrista dos Alice In Chains.

Final de Placebo, fui prontamente para as primeiras fileiras do palco principal para arranjar um bom lugar para ver os meus favoritos e cabeças-de-cartaz – Tool.
Segunda passagem por Portugal depois do OzzFest no Restelo há uns anitos atrás. Grande espectáculo quer de animações gráficas que acompanham sempre os sons deste quarteto de L.A., quer do metal bastante instrumental e psicadélico. Com o início da digressão europeia em Lisboa e com o novo 10.000 Days já cá fora, os Tool passaram pelos seus 4 registos já editados.

Reconheci “Vicarius”, “Jambi” e “The Pot” do último disco e “Schism” e “Lateralus” do penúltimo CD “Lateralus”.
Fiquei bastante surpreendido com performance do Guitarrista Adam Jones sempre certinho e sem dar descanso à sua “Gibson” com um som poderoso e com solos pujantes. Foi uma noite para mais tarde recordar, pena foi as poucas e más fotos que conseguir tirar, muito pela luz que saía do palco nomeadamente dos painéis de vídeo.

De ‘look’ à ‘Taxi Driver’,  Maynard J. Keenan prometeu regresso



Uma referência para as bandas do palco secundário. Grandes malhas de Vicius 5 e de X-Wife as performances mais conseguidas, na minha opinião.


Um olhar de fora para dentro


Andei à procura de crónicas sobre este dia e no Correio da Manhã vêm estas palavras escritas por Luís F. Silva e Vanessa Fidalgo:


“Com uma fantástica prestação dos Tool terminou sexta-feira, em grande, o Primeiro Acto do Festival Super Bock Super Rock (SBSR). O Parque Tejo recebeu quase 40 mil pessoas e, numa bem quente noite de Verão, a multidão pôde assistir a alguns dos melhores concertos dos últimos anos em festivais nacionais.
(…)
Tool e Placebo foram os responsáveis pelos momentos de maior intensidade emocional.
(…)
A fechar a noite, os Tool deixaram meio mundo de boca aberta, com um espectáculo que foi uma espiral de emoções. Puro delírio sónico e visual, numa genial simbiose de som e imagem. Em início de digressão, o quarteto conheceu problemas com dois dos quatro ecrãs, mas o metal psicadélico (exótico mesmo) desde cedo que deixara a assistência como que siderada!
Do novo ‘10 000 Days’ tocaram ‘Jambi’ e Vicarious’, mas foi com temas como ‘Sober’, ‘Lateralus’ e ‘Aenima’ que o grupo mais impressionou. Maynard (voz), de ‘look’ à ‘Taxi Driver’, prometeu regresso no final do ano e lembrou os 40 anos do baterista dos Alice In Chains, celebrados em Lisboa.

À MARGEM
"GOSTAMOS DE ARREPIAR" (Adam Jones, fundador e guitarrista dos Tool)
Correio da Manhã – Antes de fundar os Tool, foi escultor e designer de filmes como ‘Parque Jurássico’ e ‘Julgamento Final’. É por isso que a música dos Tool é tão cinemática?
Adam Jones – Penso que sim. Adorei trabalhar em ‘Parque Jurássico’ e, na verdade, a nossa música tenta transmitir emoções, uma intensidade para além das canções. Gostamos de arrepiar as pessoas [risos].
– Além de guitarrista é também responsável pelo ‘art-work’ e vídeos dos Tool.
Qual o conceito que tenta transmitir?
– Eu só supervisiono o trabalho, que é de todos. Compomos tema a tema, misturamos e depois traduzimo-los para imagens. É um trabalho colectivo que implica consensos. Foi assim para o novo disco, com os ‘óculos’ e aquelas imagens.

– Cada canção funciona, portanto, como um filme?
– É isso mesmo. Cada tema é uma história que visualizamos e transpomos para imagens. ‘10 000 Days’ é uma colecção de histórias com os seus filmes.”

segunda-feira, maio 22, 2006

Não percebi...

Pessoal das obras,

nesta minha aparição por este espaço de livre opinião, venho comunicar-vos aquilo que vi neste último fim-de-semana.

Estava muito bem a picar o ponto no meu local de trabalho temporário quando, eis que, me deparei com a seguinte notícia:
"Olha lá, hoje vem cá o Eusébio para uma sessão de autógrafos, por isso tens de verificar se todas as camisolas (réplicas de 1966) da selecção vêm com a etiqueta de segurança ou se são para ser registadas."

E eu: "Hã?"

Pronto já tinha o FDS estragado. Já não se pode vir trabalhar em paz, pois temos de andar a controlar tudo e todos.

O pior não era isso, mas aquilo que minutos mais tarde viria a presenciar e que me deixou uma grande interrogação no espírito e que ainda hoje não consegui arranjar uma resposta coerente para tal.
Eis aquilo que se passou, aquilo que questiono e aquilo que de repente me passou pela imaginação:

1ª situação - então não é que começo a ver algumas pessoas com camisolas do Benfica a deslocarem-se para o local da sessão de autógrafos.
1ª questão - Mas o objectivo da vinda do Eusébio não era para autografar as réplicas do equipamento da selecção nacional do mundial de 66? As pessoas não sabem ler, ou simplesmente perceber o sentido das coisas? Não conseguem distinguir no vermelho o símbolo da FPF (gravado nas réplicas do) símbolo do Benfica?
Minha imaginação instantânea - É gente burra pois não conseguiram compreender que os autógrafos seriam feitos nas réplicas à venda naquele espaço e não em t-shirts contrafeitas do equipamento do Benfica dos anos 90 compradas na feira.
Ou então
São os orgulhosos do Benfica que mesmo depois de uma época em que o seu clube não ganhou nada e só meteu água têm o descaramento de andar com aquilo vestido.

2ª situação - O Eusébio veio a uma superfície comercial dar autógrafos em pedaços de pano vermelho que ainda por cima deve ser bem quentinho para quem os usar agora com o calor e que ainda por cima custa 9.90 euros.
1ª questão - O que é que o Eusébio fez de meritório nestes últimos tempos?
2ª questão – Porque é que eu deveria ir pedir-lhe uma autógrafo?
Minha imaginação instantânea – Credo. Ir pedir-lhe um autógrafo. Ainda se cá viesse o Pinto da Costa era gajo para lhe sacar um autógrafo, agora o Eusébio.
Ou então
Dar 10 euros por uma camisola. Ainda por cima vermelha. Pior ainda … assinada. Como se nada disto valesse, assinada pelo … Eusébio. Autêntico “Roubo. E repito. Roubo” – palavras do antigo director de comunicação do Benfica e mito da comunicação social, João Malheiro.
Ou então
Só se fosse para assinar uma réplica do equipamento do novo campeão nacional de futebol, mas não com o nome do … Eusébio.


Caríssimos, eis as situações pelas quais eu pergunto “Para quando um mundo melhor?” Sem gente triste e atrasada.
Porque é que tenho de levar com isto tudo nos poucos dias que entro naquele espaço comercial para laborar honestamente?

Ainda por cima nesse mesmo dia tive que levar com uma enchente de garotos a chorar, a gritar e a moer-me o meu débil juízo porque também lá foi um tipo com um disfarce intitulado de NODI.

Para mim, a teoria que esse lamentável dia me deixou foi: “Cheira-me que o Eusébio e Nodi são a mesma pessoa.”
Por acaso ninguém se tinha peidado junto de mim, mas foi coincidência a mais essas duas personagens estarem no mesmo dia no mesmo lugar em horas diferentes.

quinta-feira, maio 04, 2006

Mas que santa Páscoa.

Caros Batneira Riders,


a Páscoa já la vai, mas venho aqui contar-vos como foi passada o meu fim-de-semana Pascal.

Ora bem, o meu fim-de-semana Pascal foi uma grade merda. Isto para mim já é um habitué até porque eu, de momento, só trabalho ao fim-de-semana e por isso todos os FDS são para mim uma gradíssima MERDA.

Mas como atravessámos um FDS religioso, eu venho aqui minimizar a qualificação do meu FDS pascal. Então assim sendo, o meu FDS pascal foi uma Trampa.

Só não foi uma merda porque ocorreram 3 momentos significativos para mim e que me levam a minimizar a minha avaliação do FDS pascal.

Passo então a esclarecer esses 3 momentos que me levaram e ter uns isolados actos de alegria durante o FDS.
Em 1º lugar não fui trabalhar no Domingo. Isso é positivo porque também é justo que aqueles que se esfolam a vergar a mola durante o FDS possam, de vez em quando, ter uns dias de descanso (para além dos normais dias úteis).

Em 2º lugar recebi o folar, também no Domingo. Aliás não me posso queixar do Domingo de Páscoa. Não fui trabalhar e ainda por cima deram-me dinheiro e amêndoas, sem que para isso fosse precisso mexer 1 "palha", é bom não é?

Por último vem o melhor. Aquilo que realmente me fez alegrar neste FDS Pascal foi a ter assistido a um raro evento. Não!!! Não foi a visita do Padre a minha casa até porque foi 1 seminarista, e eu não estava em casa, ehehe.


Eu passo a explicar, dia 13 de Abril, 5ª feira, véspera de ponte e de FDS alargado, à noite, altura ideal para sair, estar com umas porcas, ir ao Maybe (que nessa noite tinha entrada livre) ou sair eté ás 500'as da noite. Fui a Leiria com o pessoal, estava com o carro na reserva. Parei no cruzamento do IC2 junto ao AKI e olhei para a esquerda e estava lá aquilo que seria para mim o início de um FDS Pascal "abençoado" - DIA 13 DE ABRIL, AS 23.30 NO ALFA BAR EM A-DO-BARBAS - FERRO&FOGO.

Era isso, que precisava para iniciar de, melhor forma a Páscoa, ver os míticos FERRO&FOGO num bar de jet-7 numa aldeola perto da Maceira.

Grandes malhas que os F&F tocaram, Manowar, Iron Maiden, Metallica, Faith no More, Rammstein, outras bandas metalm heavy metal e hard metal e também os "pesadíssimos" ... Bon Jovi.


Desculpem lá caríssimos serventes, mas queria deixar aqui uma pequena mensagem aos F&F, "Bon Jovi? Num alinhamento metal?" Tudo bem que o concerto foi num bar de atrasados, bimbos e aldeões retrógados, mas ... tocar Bon Jovi, não vejo aí nenhuma ligação inteligente.

Tirando esse pequeno senão foi um espectáculo de 3horas, sempre a malhar. Entre icentivos do vocalista cinquentenário de "all right" e "are you ready" o povo lá foi vibrando e "moshando" entre as várias músicas quase todas elas conhecidas.

Bem, foi um serão diferente e já esperado por mim há uns tempos. Veja-se o post do dia 1 de Março.
Adorei o concerto, apesar de no dia seguinte à tarde ainda estar com um "zumbido" nos ouvidos devido ao barulho produzido pelos F&F.

Deixo-vos aqui umas fotos que um dos meus comparças tirou e despeço-me com as frases que mais me marcaram do reportório dos F&F.



(clic to enlarge-como nos sites porno)



"It's my life It's now or never. I ain't gonna live forever. I just want to live while I'm alive (It's my life)"bon jovi.


Cumprimentos chapiscados de massa da Girênçia.