sábado, agosto 20, 2005

Reflexões acerca do mês de Agosto...

Batneira fans e Massa 3 por 1 crazy mardafuckers,
Estamos a viver uma época propícia a diferentes estados de alma. Durante esta altura somos confrontados com algumas situações que nos conduzem a reacções, por vezes, bastante opostas.
Eu, pessoalmente, sinto isso aquando me deparo com certos e determinados acontecimentos que nesta altura são considerados como rituais. Exemplificando esta minha teoria começo por apresentar uma situação que, nesta altura do ano, me deixa bastante furioso e revoltado, levando-me esporadicamente a questionar o porquê do desaparecimento do nacional-socialismo concretamente a figura e as acções do seu führer Hitler.

E essa situação é a vinda dos emigrantes para cá. Eu pergunto o que é que esses Çá Vás, Franceses de Alcochete ou CatreVinCatorzes e Trezes vêm para aqui fazer? Não estão bem na terra deles? Sim, porque se saíram de Portugal é porque esta terra não lhes dava o que procuravam, né? Esses Çá Vás de Alcochete só vêm para cá fazer merda e depois somos nós (os residentes desta terra) e os JOPER’s que têm de a limpar. Esses françiús vêm para cá chatear-nos a paciência quando estamos a trabalhar ou até mesmo quando desfrutamos o nosso tempo livre numa esplanada ou num areal próximo da nossa residência. Para não bastar esse suplício de estar constantemente a ouvir indivíduos que expressam correctamente a língua portuguesa a falar francês, temos de aguentar com os trajes que cá usam e que lá na France parece ser moda (ou não).

Há tempos vi um cromo emigrante, no Continente, ás 3 da tarde, com 40 graus de calor lá fora, de calças de ganga, botas à motard e … casaco de cabedal que se usa de Inverno. Ou então ver os estupendos penteados que têm a enfeitar a careca, as camisas que se usavam em Portugal nos anos 70 e que hoje já nem para desperdício nas oficinas de bate-chapas servem. De tanta merda, só se safam algumas gajas, autênticas porcas (no bom sentido) mas só até abrirem a boca, porque depois nunca mais se calam. Prefiro mil vezes aturar os xpruvniês (emigrantes de leste como carinhosamente lhes chamo), então as gajas … só de olhar até me caem os três (neurónios que ainda restam na minha memória, claro). Mas temos de reconhecer que as xprúvnias são cá umas badalhocas (no bom sentido – já pareço o Zé Maria, dasss) “Olá pões-me criéme? Natascha!!! #$#**)*(/($#)#.” Agora os emigrantes que vêm de France podiam muito bem ficar retidos 1 mês em Vilar Formoso que nós aqui agradecia-mos. Não fazem cá falta nenhuma.

Isto é uma situação que me deixa bastante enervado e furioso. Por outro lado, existem outras situações que nesta altura do ano me deixam num estado de espírito contrário. Refiro-me concretamente ao calor que levas as gajas a “descascarem-me” quase literalmente e que deixam os indivíduos um pouco atordoados, então quando vamos à praia, é vê-las com o rabo, mamas e tudo o resto a bronzear, ou melhor, a esturrar. Sim porque bastam 2, 3 dias de papo para o ar na praia para ficarem pretas de bronzeado. E depois à noite são como os pretos, só se vêm os dentes, ehehe. Par além das saliências físicas que nesta altura do ano, as mulheres gostam bastante de exibir. É engraçado perceber esta situação de que durante 6,7 meses as mulheres se envergonham em mostrar a sua roupa interior junto dos homens nos bares, discotecas ou em Associações de Estudantes nas Universidades, enquanto que durante 5, 6 meses andam literalmente de cuecas e sutien em locais públicos e não andam envergonhadas, pelo contrário, até exibem mais os seus reduzidos trajes veraneantes. Não percebo esta situação.

Outra situação que nesta altura do ano me deixa também feliz é a realização das denominadas “festas de aldeia”. Em Agosto não há fim-de-semana que não haja festa em várias terriolas aqui desta zona e até por todo o Portugal fora. Mas o que gosto mesmo não são das festas, apesar da melhor parte dessas serem o final das mesmas, quando os bêbados invadem a atenção e o gozo dos poucos resistentes no recinto dos arraiais. Mas o que gosto nessas festas é ver os cartazes das mesmas, nomeadamente ver os artistas que são contratados para animar o pessoal. Há tempos estive na roulote das bifanas na Zona Industrial da Marinha Grande e deparei-me com um cartaz de uma festa simplesmente sublime. Era o cartaz alusivo à festa em Chão Pardo. Adoro este nome, Chão Pardo, é lindo. Tenho de lá ir tirar 1 foto à placa da aldeia. Depois de ver todo o cartaz e as grandes bandas que iriam actuar nos festejos em Chão Pardo reparei numa pequena/grande particularidade.
Penso que eram 5 dias de festa (como os festivais de verão) e em dois desses dias ia tocar a mesma Banda, ou seja, os milhares de fans do dueto Zé Café e Guida (lote do qual também me incluo, apesar de não conhecer tais artistas) tiveram a felicidade de ver em Chão Pardo dois espectáculos de Zé Café e Guida. É uma situação pioneira no nosso país. Pela primeira vez numa festa realizada em vários dias seguidos o público pode assistir a duas performances do mesmo artista em dias diferentes. Penso que é uma boa estratégia de Marketing com vista a captar e a fidelizar cada vez mais público – convidar a mesma banda para actuar em dias diferentes do mesmo evento. Para quando uma festa de 4 dias com Leonel Nunes no 1º e 3º dias e Graciano Saga no 2º e 4º dias. Para quando. Estou ansioso por ir a essa festa.

Outra situação que este ano me deixou particularmente contente foi a minha participação num jantar comemorativo do 23º aniversário de um amigo meu batneirodependente e, tal como eu, activista do movimento JOPER – Chupa Merda. Para o Werquid o meu bem haja e feliz aniversário online, já que tive oportunidade de lhe transmitir pessoalmente no seu dia de aniversário.
Para ele eu dedico esta minha reflexão e já agora, vai um brinde?


PS: Óh wERQUID quando é que pagas uma ida à Luz Azul da Caranguejeira ou ao Calhegas? É que jólas já o pessoal está farto, né? Quem quiser que assine a petição “wERQUID tens de nos pagar uma ida à Luz Azul da Caranguejeira ou ao Calhegas.”

sábado, agosto 06, 2005

Comentário à Tosta de 5 Agosto 2005

Caros batneirodependentes,
Há ja algum tempo que não punha aqui os côtos por motivos pessoais. Contudo achei que deveria dar continuidade à vida deste blog humilde.
As palavras que seguidamente irás ler vêm a propósito da leitura de um post publicado no dia 5 de Agosto de 2005 no blog (http://tostamista.blogspot.com) de um indivíduo meu conhecido.

Até à data em que comento esta tua reflexão ou desabafo, a big city onde resido ainda não foi afectada pelos fogos florestais. Felizmente à 24 anos que o pinhal que preenche a zona (sei lá) Este da nha terra não é vitima desse fenómeno puramente natural.
Lamento imenso que as localidades próximas daquela onde tu e "pois... não sei" estejam a ser violentadas pelos fogos. Ao ver aquilo que a esta hora acontece apenas sinto revolta por uma só coisa - é que, segundo aquilo que li hoje, 2 dos 3 suspeitos detidos pela PJ alegadamente responsáveis por esses fogos são Serventes de Pedreiro. Mais uma vez essa tão nobre profissão à qual tenho um sentimento especial está ligada aos incendios florestais, nomeadamente os ocorridos na zona norte de Leiria.

Agora quanto ao resto não estou surpreso relativamente aquilo que tenho lido, visto e constatado in loco: dezenas de fogos; alguns na nossa zona; populações ameaçadas; bens perdidos; vidas estragadas; etc.
Apesar disto também não é preciso ser intelectual, especialista ou bruxo para perceber a causa de todo este cenário. Basta apenas relacionar alguns factores como: Agosto tórrido português; zonas de mata nacional, sujas, não vigiadas, cheias de mato denso, abandonadas pela entidade que as administra – o Estado Português e a CMLeiria. Qualquer pessoa minimamente inteligente e conhecedora desta região ao conjugar todos esses factores não fica admirada com aquilo que actualmente se passa no distrito de Leiria.

Eu até estranho só acontecer “isto” em 2005.
Tenho pena das populações que se esforçam por salvar algo que legalmente não lhes pertence e que juridicamente lhes pune em caso prevenção. A mata que nestes dias ardeu, arde e irá arder é do Estado. Porque é que as populações se esforçam por preservar esses espaços verdes se nem sequer lhes pertence? Porque é que as pessoas caso queiram limpar essas matas que circundam as suas habitações têm de pedir autorização à Câmara e deixar lá umas belas notas e se não o fizerem “comem” multas bem pesadas?

Também tenho pena de que iremos ficar sem zonas verdes no Concelho de Leiria. Mas temos de ser realistas: Leiria tem poucos ou nenhuns espaços verdes; aqueles que existem estão transformados em estaleiros de obras; aqueles que existiam há até bem pouco tempo são, hoje, parques de estacionamento; a política de desenvolvimento local da CMLeiria é simples e clara (zonas verdes dão prejuízo porque requerem muita manutenção e isso fica caro e tb não fica chique), (transformar as zonas verdes em zonas alcatrão porque o asfalto não requer manutenção, é multi-funções – rotundas e parques de estacionamento, é rentável para a CMLeiria e é chique porque muito alcatrão é sinónimo de desenvolvimento). Até hoje ainda não vi a Condoleza Rice do PSD, a única que conseguiu vencer o “arrastão” que o PS fez nas últimas legislativas, a mostrar a sua cara de autarca competente (desculpem mas deu-me subitamente um ataque de tosse). Uff já passou.

Dizia que ainda não vi a Benahzir Hussein Damasceno a lamentar-se do cenário vermelho que paira no norte do seu Concelho. Se calhar deve ser benfiquista ferrenha e só gosta de ver vermelho à frente (o pinhal de Leiria a arder, assim como os votos no PS na sondagem publicada há poucas semanas no Região de Leiria, propriedade do Grupo Lena, essa grande construtora leiriense que consegue ganhar todos os concursos de obras lançados pela CMLeiria – ESTRANHO NÃO É???, também deve gostar de ver o vermelho das contas da CMLeiria, principalmente quando se fala nas importantíssimas empresas municipais como a Leirisport que muita falta fazem ao desenvolvimento do nosso Concelho).
Em vez de investir o pouco dinheiro que os cofres da CMLeiria têm ou o dinheiro que já gastaram com a Leirisport ou com algum financiamento de empresas de construção, se o gastassem na limpeza das matas nacionais e pinhal de Leiria, não estaríamos agora a escrever estas opiniões pessoais (ou baboseiras para alguns tios ou PP’s de Leiria). Mas já me esquecia que a manutenção dos espaços verdes é muito cara e, para além disso, não é relevante para o convencimento da Opinião Pública leiriense que ainda não apanhou uma “cirrose” sumo de laranja.

Eu, como simples leiriense e como preservador do desenvolvimento sustentado, com “pés e cabeça”, amigo do ambiente (excepto quando me dói a barriga) e amante da livre expressão gostaria de me armar em intelectual, especialista e líder de opinião distrital (desculpa lá Kató) gostaria de dar alguns conselhos à nossa Fátima Felgueiras Damasceno: Por favor querida eterna Presidente da Câmara Municipal de Leiria olhe para a nossa mata nacional, principalmente aquela que existe na área de jurisdição da Câmara e no pinhal de Leiria.
Preserve esses espaços verdes … quer dizer … pretos pois já estão todos queimadinhos.
Por favor preserve essas árvores, abatendo-as indiscriminadamente, vendendo-as posteriormente a uma empresa madeireira espanhola ou brasileira pelo preço da chuva. Preserve também toda a área onde habitavam essas árvores, retirando as raízes das árvores, aplanando-a e alcatroando-a. Que giro ficava a nossa mata nacional e o pinhal de Leiria todos alcatroados. Seia giro, principalmente para a Câmara pois daria seguimento à sua política alcatrão, pouparia imenso na limpeza e manutenção dos pinhais, e nessa imensa área de alcatrão já poderia licenciar obras de construção à grande e à francesa (pequena referência aos francíús de Alcochete que impestam esta terra) e ganhar rios Lis de dinheiro. Nessa imensa área alcatroada já poderiam nascer os tão desejados W-Shoping e Fórum Leiria, essas grandiosas superfícies comerciais que tanta falta fazem ao Concelho.

Já que o espaço é enorme e por mais que a Câmara licencie obras só por licenciar e para encher os seus “administradores” os prédios e os shoping center’s não abrangeriam toda a área ardida nesta semana e nos próximos dias. Por isso pedia também à nossa Linda Reis Damasceno que licenciasse uns strips clubs, casinos, bares de alterne para que a tristeza que, nestes últimos dias, invade o rosto e a alma de muitos leirienses possa dar lugar à alegria, pois é disso que a CMLeiria tem vivido nestes últimos mandatos autárquicos.
Quem sabe se daqui a um ano algumas destas coisas que aqui ficam registadas não acabam por se concretizar.

Só Deus … quer dizer … a Virgem Damasceno saberá…