sábado, junho 07, 2008

Longe, mas presente...

Caríssimos,

imbuído em tristeza profunda por nao conseguir arranjar bilhete para assistir ao último dia do Rock in Rio na edição que me pareceu ser mais coerente com o próprio nome do evento, apesar de ainda hoje considerar um festival de alguns no qual encaixaria perfeitamente o nome de Pop in Rio ou SambaPop in Rio.

Mas pegando nas minhas primeiras palavras gostaria de aqui exprimir a minha desilusão por nao poder assistir in loco ao último dia fundamentalmente para ver as grandes performances de Kaiser Chiefs e Muse.

Vi pela net as suas actuações e nao fiquei supreendido com a crítica positiva pois conheço muito bem a discografia de ambos e tive, inclusivamente o previlégio de ver ao vivo a primeira actuação de Muse em Portugal ha quase uma década atrás.

E por isso a minha tristeza por nao poder lá estar para ver duas grandes actuações.
E também para evocar a minha homenagem aos dois colectivos britênicos deixo-vos aqui com a única crítica que li até agora que assenta em conhecimento próprio de causa de alguém que nao comenta aquilo que nunca ouviu ou que desconhece. O meu bem-haja a Ana Tomás do Cotonete que escreveu no seu artigo aquilo que resume aquilo que gostaria de rever outra vez e que terei de esperar por outras oportunidades, os Muse.

"Há bandas que nunca dão maus concertos mesmo deixando no ar a sensação de que faltou qualquer coisa. Os Muse são dessas bandas. São brilhantes no que fazem e têm no seu líder um virtuoso no domínio da guitarra e não só, dispensando mesmo grandes diálogos com o público. Mas se é de grande profissionalismo que se fazem grupos assim, também é bom ver dentro disso o toque humano. E hoje os Muse foram excessivamente profissionais, mesmo dando um grande concerto e tentando condensar no, de certa forma, limitado espaço de programa que lhe tinha sido destinado a resposta à compreensível expectativa criada face a uma banda que, merecidamente, poderia ter sido cabeça-de-cartaz."

Quanto aos Kaiser Chiefs deram "um concerto inteligente, com os êxitos bem divididos ao longo do alinhamento e pleno de entrega e energia".

Mais uma prova de que estou triste por nao ter la estado.


Crítica à actuação dos Muse
Crítica à actuação dos Kaiser Chiefs

segunda-feira, maio 19, 2008

Ecos de um país nornal - Parte 2

Pessoal das Obras,
numa altura em que se fala no aumento do preço dos combustíveis, achei por bem colocar esta foto tirada no dia 21 de Abril de 2008 no centro da capital Irlandesa.
É que vou começar a ir a pé para a obra.

Só para informação, estes eram na altura os preços da gasolina indiferenciada e do gasoleo.



Agora nao sei se eles têm cartão de pontos...

Abraços por trás e boas batneiras de massa,
d'A Girência

segunda-feira, abril 28, 2008

Ecos de um pais normal - parte1

Pessoal do andaime,
apos ter passado um belo fim-de-semana em Dublin, enquanto cá chovia a potes, apercebi-me de alguns pormenores bem interessantes, dignos de um país normal.

Desafio-vos a comparar com o que temos por cá.





segunda-feira, março 24, 2008

Esqueci, nao sabia, nem me lembrei...

Caros batneirodependentes,
Desde o passado mes de Outubro que nao punha os gadanhos aqui neste espaço. Nem vou pedir-vos desculpa pois ja sei que também vós vos esqueceis deste espaço por nunca mais receber uma actualização.
E fazeis bem, pois o meu desleixo face a este blog nao merece o vosso digno tempo de antena.

Nunca mais me lembrei de vir aqui postar incidências da vida. Aliás ja quase me tinha esquecido que este espaço existia. Várias causas sucederam ate chegar a este ponto, coisas essas que nao vos irei massacrar.

Outra das razões pela qual decidi vir aqui rescuscitar o Batneira foi devido à minha vontade de vos dar a conhecer outras coisas que, pela sua natureza, inviabilizaram a minha vinda aqui.

Entre elas está uma coisa que descobri há bem pouco tempo e que me tem fascinado imenso, levando-me gastar algum tempo na net - Planespotting.
Se existe coisa mais deprimente é andar a tirar fotografias a aviões. Eu nao ando a fazer isso. Aliás so tiro fotos a "porcas" pois a minha máquina fotografica foi programada para tal. Mesmo se quisesse fotografar outras coisas, ela nao tirava. É como se tivesse um sensor que apenas capta "porcas".
O que passo tempo a ver sao fotos que os planespotters tiram. Porque desde piqueno gostei de ver avioes. É como aquela tara de quando for grande gostaria de ser bombeiro.
Tenho dispensado tanto tempo a ver isso este ano nao acompanhei o campeonato do mundo de saltos de esqui. E já nem me lembrava que o campeonato acabava este mês. Mas ainda fui a tempo de ver um naco da ultima prova em Planica, Eslovénia. A maior rampa do circuito mundial.

Pena foi o meu Jumper favorito nao ter renovado o Bi-Campeonato, mas conseguiu vencer o Vierschancen Tournee (torneio dos 4 trampolins) e ficar em 3º no campeonato. Ja foi bem bom. Outra coisa que nao sabia foi que Janne Ahonen faz anos 3 dias depois de mim... pelo menos está escrito no site da FIS.
E com esta curiosidade me despeço sem talochas, reguas ou esponjas, mas deixando no ar uma pitada de reboco projectado significando que possa ca vir brevemente.
Até la um bem-haja

quarta-feira, outubro 10, 2007

Isto é um pouco confuso ... para mim!!!

Caros batneirodependentes

ora viva desde a última vez. É verdade que este vosso espaço nao tem sido actualizado com a regularidade desejada, mas é que tenho andado em obras aqui em casa, logo é necessário uma batneira e por isso ofereci-me logo para estar ao serviço dessa relíquia da construção civil caseira.
Como as obras ja estao perto do seu terminus, consegui arranjar alguma disponibilidade para vos trazer aqui dois episódio que me aconteceram recentemente num dos dias em que fui pegar ao serviço.
Então nao é que a uma certa altura chega-se uma jovem de cor, um bocado tísica e vira-se para mim perguntando: "Estes pensos (higiénicos) são os diários nao são? É que nao vejo la mais nehuns." Fiquei assustado pois por momentos pensei ter mudado de sexo. Mas depois recompus-me e respondi à jovem "Não sei."
Mais tarde pus-me a reflectir sobre aquele momento. Eu sei lá se aquilo são pensos diários ou semanais. Nem sabia que existiam pensos de utulização temporal. "Agora uso uns pensos bi-semanais pois duram duas semanas e evito de andar a mudá-los todos os dias." Será que o uso de um penso diário durante mais que 24horas poderá criar borbulhas na zona "pública" feminina ou uma comichão irritante? Nao sei, talvez.
Mas acho que nao tenho cara de conselheiro de pensos higiénicos. Contudo penso que deveria ter uma acção de formação orientada para essa temática tão importante.
Outra situção
Então não é que no mesmo dia, passa-me pelas mãos um produto de estética feminino com a seguinte descrição "Sensor de rugas faciais"
Ora aí está uma grande inovação para a beleza, um sensor que detecta rugas no trombil das velhotas de 60 anos com um aspecto de 80.
Já estou a imaginar, quando aparece uma ruga, soa uma sirene de alerta ou um som dos alarmes dos carros. Ou então estou a ver essas mesmas cotas todas produzidas com 650g de estuque, 200g de reboco semi-projectado e 43mg de laca Belady com a cara repleta daqueles sensores que se usam nos exames de electrocardiograma.
Também quero uma coisa dessas.
Abraços por trás da jirênssia

terça-feira, julho 17, 2007

Ja fui ao DÓRIUS e gostei IMENSO...

Caríssimos batneiroprofessionalworkers&fans,

há já algum tempo que não punha aqui os côtos por falta de conteúdos para aqui os confessar e também por falta de pachorra.
Ora isto vem provar que ultimamente ao meu redor muita pouca coisa tem passado e desse modo este vosso espaço esteve ao completo abandono.


Até ao dia em que uma voz me gritou,
e uma luz me guiou,
no início desconfiei,
mas reparei...
foi um monte de merda que pisei.


lembrei-me. poesia de merda... Adiante

Até que no passado sábado decidi ir experimentar uma coisa diferente. Algo oposto aquilo que tenho lidado ultimamente. Quis ir reviver momentos antigos, um pouco secretos. Muita gente repudia isso, pois lá está nunca experimentaram.

Mas como já experimentei no passado este tipo de momentos e gostei, decidi revivê-los agora.
Mas aonde? Os locais por onde passava tais momentos já encerraram há muito tempo.
Alguém me falou no DÓRIUS, um bar numa pequena e sinistra paralela da rua direita em Leiria.
Eu nem hesitei e na primeira vez que fui a Leiria à noite fui ao DÓRIUS.
Levei um amigo meu. Eu estava um pouco ansioso, mas a companhia até nem era má e deu para me descontrair enquanto nos aproximava-mos do DÓRIUS.

Ao entrar no DÓRIUS alguém me chama da rua: "Desculpe lá, tem aqui o seu cartão."
Pois foi, tinha-me esquecido de receber o cartão de consumo da jovem que estava à entrada conversando com uns tipos. Estava a ler o placard afixado à entrada a dizer que se pagaria 75€. Ao receber o cartão de consumo perguntei à jovem se o consumo era de 75€. "Não, são 3€. A perda do cartão é que custa 75€." Teorias....
Estando finalmente no interior do DÓRIUS o som ambiente invade-me o espírito sem que isso me fizesse descodificar quem interpretava tal som.

Sentámo-nos na única mesa disponível a apreciar o interior do DÓRUIS. Local discreto e simples. Um pouco escuro, mas dado à temática do próprio bar facilmente se apercebia de tal. A jovem que nos deu o cartão de consumo rapidamente se dirigiu a nós perguntando o que queríamos tomar. Rapariga simpática. Juntamento com outra jovem ao balcão, ambas fortezinhas pareciam ser as responsáveis pelo espaço. Mas não.

Logo reparei que uma outra jovem estava a por som. Reparámos desde logo que o som estava com alguma distorção algo que se compreedia ao olhar para as colunas da aparelhagem de 100€ comprada na Worten. Essa tal jovem, entretanto, chega perto de nós e pergunta-nos se estávamos a gostar do som. Respondemos que sim, apesar de alguma distorção que emanava daquela coluna de 45 wats afixada no pilar por cima de nós. Ela logo reparou na deficiência do som. Por isso tal incurssão junto da nossa mesa para ter algum feedback.

Constatado tal facto por ela e por nós, decidi fazer-lhe uma pergunta. "O que é isto?"
Normalmente nestas circunstâncias esta pergunta refere-se a que Banda está a ser reproduzida por tal leitor de cds. Mas a jovem assim não entendeu e repondeu-me "É pá não sei. Isto cd não é meu. É daquele meu colega. Sei que isto é Black Metal, mas eu vou ali perguntar-lhe."
E nunca mais voltou para conferir tal informação.

De qualquer maneira aquilo ao início pareceia-me Dimmu Borgir mas devido à distorção dos agudos nao dava para perceber bem. Uma música consegui descodificar "Don´t Feel the Reaper" dos Blue Oyster Cult. Não confundir com o Blue Oyster Bar, aquele bar de paneleiros do filme Academia de Polícia. Podia parecer, no entanto, ser uma coincidência, estarmos no DÓRIUS a ouvir um som de uma banda com um nome parecido ao de um bar gay criado para um filme de polícias. Existe aqui algo que se interliga: Polícias, cacetetes de polícia, paneleiragem, Blue Osyter Bar, Blue Oyster Club, DÓRIUS...

Mas rapidamente o som voltou à normalidade, tendo em consideração a temática do DÓRIUS. Continuou som grandes malhas de variados estilos de Metal. Aliás os metaleiros que nessa noite lá estavam quase nem deram por tal descrepância musico-estilistica.
E assim a noite continuou acompanhada pelo espírito metal sempre embuído por todas aquelas almas presentes naquele bar.

Que saudades já tinha de ir aos bares de metalada que haviam aqui na zona. Lembro-me de ir à Marinha Grande a uma tasca que já fechou e que também só passava metalada. Ultimamente não tenho ido a locais desse género pois não tenho conhecimento que existam por aí. Sei que o bar Cinema Paraíso ali numa transversal entre a rua direita e a Praça Rodrigues Lobo é muito dado a um estilo mais esquerdista/metalóide. E ás vezes vou lá ouvir umas malhas.
Até que me disseram que o antigo DÓRIUS agora era um bar de metaleiros. Bem eu não sou metaleiro mas ás vezes oiço metal e gosto de ir a esses locais pois ninguém te julga por aquilo que és ou não. Aliás aquilo já não se chama DÓRIUS tem um outro nome que estava escrito na porta mas não consegui decifrar. É qualquer coisa CLUB, mas os cartões de consumo aida são do antigo DÓRIUS.

De qualquer maneira aquilo é um bar de ambiente virado para o metal music. Eu fui lá e gostei. E voltarei lá, apesar dos 3€ e consumo. Um pouco exagerado para o espaço...

PS: ehehe. Se por acaso aquilo ainda fosse um bar gay, tinha de confiar na resistência das minhas calças, dassssssssss!!!!!!!! Eu confio nas calças.

terça-feira, maio 22, 2007

Fantástico mês de Maio

Caríssimos batneirofans

Eu gosto do mês de Maio por várias razões como sendo o mês do meu aniversário ou por chegar à cidade a Feira de Maio. Este ano, o mês de Maio deu-me ainda mais alegrias porque foi o mês onde o todo grandioso FCP alcançou mais um título de campeão nacional de futebol. É caso para recordar uma mítica palavra que há una anos atrás li numa t-shirt de um dos arrumadores de carros dos Carros-de-Choque – CAMPEÃOS.

Mas não foi apenas por este tão belo facto que marcou este mês. Este ano a edição da Feira de Maio trouxe-nos novamente aquele que, para mim, foi, é e sempre será o verdadeiro exlíbris deste evento, o POÇO DA MORTE. Aliás se há coisas interessantes para ver na Feira de Maio são a exposição de tractores, os arrumadores de carros dos Carrinhos-de-Choque e o Poço da Morte.


Lembro-me ainda da primeira vez que vi o Poço da Morte. Ainda andava no Ciclo e o bilhete custava 300 paus. Fui sozinho sem os meus pais saberem de tal. E mal começou o espectáculo fui-me embora com medo. No ano seguinte fui acompanhado mas também nao assisti a todo o show com medo do barulho. A partir de então nunca mais vassilei e sempre que o Poço da Morte esteve cá eu estive lá e vi o majistoso espectáculo do inicio ao fim.


Desde há um par de anos para cá que o Poço da Morte não estava presente na Feira de Maio até que este ano finalmente reapareceu, para minha emoção. Antes de ir assistir ao espectáculo deste ano, ainda me recordava do famoso artista Carlos Miguel que ao volante de um potente carro de corrida me perfumou a roupa com um aroma a combustível mal queimado misturado com fumo retardado.


Este ano o artista Carlos Miguel não veio. Mas o seu pai nunca faltou. Ja não anda manco da perna esquerda, assim como andava Carlos Miguel. Deve ter sido operado no ano passado. Por isso é que não vieram cá. Deve ter sido por isso. Em substituição de Carlos Miguel veio o seu irmão que conjuntamente com o seu pai garantem espectáculo. Aliás sempre me lembro de ver este homem já com mais de 60 anos. Sempre me fascinou não apenas pela pancada que tem, mas também porque nunca vi ninguém a apresentar um espectáculo de forma correcta e cordial.

“Arrojo audácia e total desprezo pela propria vida. Um verdadeiro grito de revolta. Senhoras e Cavalheiros façam a fineza de adquir o seu bilhete e vejam dois artistas portugueses arriscando a vida em Poço da Morte.” Sem palavras para descrever tão belo momento poético e artístico.

Só por isto valeram os 3 euros que dei para ir ver o Poço da Morte. Este ano com algumas alterações. Não houve o automóvel de corrida, não esteve o artista Carlos Miguel e foi apresentado pelo seu irmão um novíssimo número jamais visto por mim. Às voltas no Poço da Morte, de moto, sentado de lado virado para o fundo do Poço, sem mãos no volante e de braços cruzados. Simplesmente arrepiante.

Fora isto o espectáculo foi aquele que sempre assiti e que nunca me cansei, canso e cansarei de ver. As mesmas motos sem escape, um Poço da Morte já com alguns remendos nas suas paredes “lisas e verticais” (já dizia o pai de Carlos Miguel) mas sempre a abanar a quando da passagem das motos por tais paredes.


Pai de Carlos Miguel (esquerda) e seu filho


Este ano levei um amigo e a minha maquina fotográfica pois nunca se sabe quando é que o pai de Carlos Miguel cairá do Poço da Morte e este grandioso espectáculo deixará de existir. Assim ficarei com uma recordação. Para além disto, o meu amigo teve também a brilhante ideia de levar a sua máquina fotográfica para filmar todo o espectáculo. Assim ficará para sempre registado uma actuação completa de Poço da Morte. Quem quiser uma cópia dos videos peça-me através dos comentários a este post.