terça-feira, novembro 07, 2006

Notícias de Domingo à noite...

Caros Batneirofans...

Só hoje é que encontrei ecos daquilo que se passou Domingo passado entre as 22h05 e as 23h35 no Pavilhão Atlântico em Lisboa.

No jornal dos básicos, ou seja, no Correio da Manhã aparece um texto intitulado "A REVOLTA DOS COLARINHOS NEGROS" de Vanessa Fidalgo, que reza o seguinte:

"Filas intermináveis e ânimos exaltados quase estragaram a prometida (e cumprida) celebração prog-rock dos norte-americanos Tool, domingo à noite, no Pavilhão Atlântico, em Lisboa.
Apesar das circunstâncias e dobrado o ‘Cabo das Tormentas’ à entrada, os fãs reconciliaram-se com a vida, sob o comando de uma banda que conjuga cada vez melhor o aparato cénico com a música, tornando cada actuação uma experiência sensorial única.

Duarte Roriz
Maynard Keenan
Maynard Keenan

Mas antes do início do espectáculo, o cenário era tudo menos animador. À chegada ao Atlântico as hordas de fãs (oito mil), de negro vestidas, depararam-se com filas de extensão invulgar. O atraso no ensaio de som adiou a abertura das portas e o zelo da segurança nas revistas individuais também não contribuiu para o escoamento do público.

Com a subida ao palco da banda de apoio, os Mastodon, quem já carregava o desânimo de quase uma hora de espera começou a desesperar. Um coro espontâneo apelida os seguranças de “palhaços”. Mais à frente, uma rapariga vocifera por lhe ter sido negada a entrada com uma máquina fotográfica e um isqueiro.

No entanto, o povo é sereno – mesmo o metaleiro – e, mal se vê dentro do pavilhão, afoga as mágoas num copo de cerveja e na forte poção mágica que é a música dos Tool. À segunda canção, ‘The Pot’, já a multidão acompanha em coro o colectivo de Maynard Keenan.

A comunhão entre os fãs e o grupo (de parcas palavras) faz-se sobretudo pela intensidade do som – pesado, de arranjos rebuscados e harmonias que contrariam a lógica dos manuais – servida com um depurado jogo cénico que atinge o auge no encore.

Ao som de ‘Vicarious’ e ‘Aenima’, a projecção de imagens psicadélicas inebria os sentidos, os raios laser percorrem o público, silenciado pelo espanto e o deleite.

A rematar, Maynard dá voz ao desejo colectivo: o anúncio de um reencontro, “lá para o Verão, num sítio cheio de Sol”. Palavra de músico!
"


Apesar de ser o diário dos Básicos, louvor se deve fazer ao único jornal diário que se dignou a relatar a grande noite de TOOL em Portugal.
Um bem haja para o CM.